Homenagem às Mulheres neste 8 de Março
Parabéns Mulheres!
Foi uma mulher em 1822 que enviou uma carta a
D. Pedro exigindo a proclamação da independência do Brasil advertindo-o: -“O pomo está
maduro, colhe-o já, senão apodrece”. Tratava-se de Maria Leopoldina, imperatriz
do Brasil;
5 anos depois deste fato as mulheres tiveram
autorização para frequentarem escolas elementares, afinal, ensino adiantado era
proibido às mulheres;
52 anos se passaram para que nossas tataravós
e bisavós, se não escravas, tivessem o direito de estudar em instituições de
ensino superior, mas, as que seguiam este caminho eram criticadas e
marginalizadas pela sociedade;
Nesta época, mulheres corajosas como a compositora e
pianista Chiquinha Gonzaga, que despontou como a primeira maestrina a
reger uma opereta, Rita Lobato Velho, a primeira médica brasileira tiveram
muitas dificuldades em se afirmar profissionalmente e algumas foram
ridicularizadas.
Em 1917 a professora Deolinda Daltro, fundadora do Partido
Republicano Feminino em 1910 liderou uma passeata exigindo a extensão do voto
às mulheres, voto que nossas avós e mães só conseguiram após 1927 no Rio Grande
do Norte, e, garantido a todas nós após 1932 no início da Era Vargas, ano que a
primeira atleta brasileira, Maria Lenk
de 17 anos, nadadora, embarcou para Los Angeles, a única mulher na delegação.
Querem rir? No período do Estado Novo
(1937/1945) criaram um Decreto, nº 3199 que proibia às mulheres a prática dos esportes que considerava
incompatíveis com as condições femininas tais como: “luta de qualquer natureza,
futebol de salão, futebol de praia, polo, polo aquático, halterofilismo e
beisebol”. O Decreto só foi regulamentado em 1965. Meninas, vocês que hoje são
excelentes atletas destas modalidades, imaginem o que as mulheres sofreram por
gostar e não poder praticá-los.
Em 1960 durante o Período Democrático, a tenista brasileira,
a paulista Maria Esther Bueno tornou-se a primeira mulher a vencer os
quatros torneios do Grand Slam (Australian Open, Wimbledon, Roland Garros e US
Open). Conquistou, no total, 589 títulos em sua carreira.
Em 1979 Eunice Michilles, então representante tornou-se a
primeira mulher a ocupar o cargo de Senadora, por falecimento do titular da
vaga. Neste mesmo ano a equipe feminina de judô inscreveu-se com nome de homens
no campeonato sul-americano da Argentina. Esse fato motivou a revogação do
Decreto 3.199. Dá-lhe mulherada!
Somente a partir de 1980 é que começaram a
criar e coibir a violência contra nós mulheres
Em 1983 surgiram os primeiros conselhos estaduais da condição feminina
em Minas Gerais e São Paulo. O Ministério da Saúde criou o PAISM – Programa de
Atenção Integral à Saúde da Mulher, em resposta à forte mobilização dos
movimentos feministas, baseando sua assistência nos princípios da integralidade
do corpo, da mente e da sexualidade de cada mulher.
Em 1985 surge a primeira Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher
Mas foi só com a Nova Constituição, só em 1988 através do lobby do
batom, liderado por feministas e pelas 26 deputadas federais constituintes, onde
as mulheres tiveram importantes avanços na Constituição Federal, dando-nos
igualdade a direitos e obrigações entre homens e mulheres perante a lei,
garantias e direitos que sabemos ainda termos que lutar e muito para usufruí-los.
Em 1990 foi eleita a primeira mulher para o cargo de senadora: Júnia
Marise, e, no mesmo ano Zélia Cardoso de Mello a primeira ministra
do Brasil.
Em 1996 a escritora Nélida Piñon é a primeira mulher a ocupar a
presidência da Academia Brasileira de Letras. Exerceu o cargo até 1997.
Hoje em dia, século XXI as mulheres já ocupam muitas cadeiras da Câmara
dos Deputados, do Senado Federal, das prefeituras brasileiras. O índice de
vereadoras eleitas aumentou muito.
Em 2003, Marina Silva, do Acre, reeleita senadora com o triplo
dos votos do mandato anterior, assume o Ministério do Meio Ambiente, e, em 2010,
Dilma Rousseff, é eleita a primeira presidente mulher do Brasil.
Neste pequeno e resumido histórico de nossa libertação, milhares de
mulheres, nossas mães, tias, avós, vizinhas, amigas, desde sempre continuam
lutando para poder estudar e trabalhar, para ter salários iguais aos dos
homens, para não serem humilhadas e violentadas por seus chefes, colegas e
companheiros, para conseguirem junto aos poderes públicos a creche, a escola e
o hospital de qualidade que seus filhos e familiares têm direito, para criar um
mundo mais feliz, mais justo e mais bonito de se viver.
Assim, mais uma vez, Parabéns Mulheres, e, após tanta luta, tanto
sofrimento, após conseguirmos algumas garantias que já deveriam ser nossas por
herança divina, por nascermos livres e da mesma forma que os homens, lembro-as
hoje, século XXI, cuidado para não se tornarem, agora, escravas do consumismo e
do mercantilismo, desta sociedade que dita regras insensatas, que diz que você
tem que ser magra para ser bonita, ou que seus cabelos precisam ser lisos para
ser aceita. Cuidado mulher brasileira, NUNCA esqueça que você é forte e uma
linda mulher, não aceite forma alguma de limitação de seu poder!
Feliz 8 de Março de 2013. O mundo não acabou e vamos fazê-lo melhor a
cada dia, com a ajuda de nossos iguais e queridos homens. (Mara Zumpano)
Fonte dos dados: Wikipédia
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